#OOTCC: "Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?" |Crónica|

by - quarta-feira, agosto 17, 2016

Olá! O Out Of The Coffee Cage que partilho hoje com vocês é um texto de opinião ou crónica como quiserem chamar. Ando a ler um livro (a tentar cumprir a minha lista antes do verão acabar) e é sobre isso que vos vou falar hoje. Talvez fazer vocês lerem o livro quem sabe. Deixemo-nos de conversas e vamos ao livro!





O Mandarim, obra de Eça de Queirós, fala de uma personagem que ao ler um livro descobre que existe um mandarim na Ásia e do seu lado tem um sino. Se alguém tocar esse sino ficará com uma pequena fortuna e o mandarim na mesma altura morre. O leitor ao ler esta frase fica intrigado pois é um "pau de dois bicos", ou por um lado faz o que é certo e não aceita tocar o sino poupando a vida do mandarim ou por outro toca, o mandarim morre e pode vir a sofrer as consequências de tal ato.
Quando li o paragrafo em que tinha a questão: "Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?", a frase foi feita de tal modo que realmente pensamos duas vezes antes de responder, foi o que me aconteceu.
Tocando o sino poderei ganhar uma riqueza, na obra fala-se de 106 mil contos mais ou menos 20 mil euros. Não tocando o sino a minha vida continua da mesma forma.
Ficar rica ou continuar na mesma? Com Certeza a maioria das pessoas diria ficar rica a fim de terem uma vida mais confortável, sem preocupações. Tudo bem, percebo. Mas vamos analisar as coisas de outra forma. Ser rico e isso causaria a morte ao mandarim ou deixar o mandarim vivo e continuar com a nossa vida igual? Sim, são situações diferentes e que envolvem muito mais do que riqueza, envolve a vida de uma pessoa.
E se o amor ao dinheiro e à riqueza fosse tão grande que vos tornasse tão egoístas que desconsideravam a vida de uma pessoa, apenas para tirarem proveito de dinheiro? Continua a valer a pena?
Outro ponto que ainda podemos chegar é seriamos nós capazes de tirar a vida a alguém para enriquecermos? ou seja, prejudicar alguém para tirar beneficio para nós disso?
São perguntas que nos fazem pensar e raciocinar. Mas não são apenas perguntas relacionadas com um livro de Eça de Queirós. Todas estas perguntas estão relacionadas com o nosso dia a dia.
Cada vez mais pessoas gananciosas não olham a meios para atingir os fins e acabam por fazer outras pessoas sofrerem para adquirir poder, riqueza, dinheiro, posição social. Não importa o que está ao seu redor, eles simplesmente querem enriquecer.
E nós? Que tipo de pessoas somos? Aquelas que fazem de tudo para enriquecer mesmo que prejudique famílias, amigos, esposas, maridos, filhos? Ou somos daqueles que pensam duas vezes antes de provocar  o mal a outros? 
Será que vale a pena causar mal a alguém por algo temporário, como é o dinheiro, algo que trás benefícios temporários?
Não queiramos ser como as pessoas que atropelam outros só para o seu próprio beneficio, isso só trará dores na consciência mais tarde. Pense antes de prejudicar alguém.
Uma pergunta que vos deixo no ar é: "Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás, tu a campainha?"




XOXO

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